Era uma jovem mulher muito amada por todos, principalmente por sua filha. Viviam bem antes de ti, Morte. Já não vivem mais.
Chegas de todas as formas, tu és esperta. E preparaste, junto da Velha Saudade, para que vós atormentásseis a filha de Eva.
Ela, assim como tu, esperou que o coração se tranquilizasse para que viesse atormentar aqueles que tentam viver, a jovem filha de Eva que tentara viver.
Tão frágil, mortal. E aproveitaste, Morte, para que o seu rúptil sentimento fosse o então culpado pela desgraça que tu causaste.
Tu e apenas tu. Mesmo que tentes, todos sabem da verdade, mas o medo, Morte, os impede de proferir até mesmo o teu nome.
Até onde tu chegas para fazer com que o sentimento de culpa por algo que tu causas apodere-se de quem sofre?
Ai! Ai!, Morte.
Mesmo que graves a saudade e o pesar no coração das pessoas por quem passarás, elas precisam continuar a viver. Até que tu voltes e cumpra teu papel também lhes levando.
Flores vão nascer e morrer, as estações do ano passarão, aniversários serão celebrados, filhos serão concebidos, mas a única certeza que todos têm é que tu, Morte, podes chegar a qualquer momento.
Até que leves a filha de Eva, que ainda sofre com a imagem da mãe que tu levaste.
Até onde és capas de levar a infelicidade?
Em que momento o que fazes tornará alívio?
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