Oi, oi pessoas!
A resenha de hoje é de um livro que foi lançado recentemente pela editora Arqueiro. Para os que gostaram de Se eu Ficar esse livro é mais que recomendado!
Páginas: 240
Ano: 2015
Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal? A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos. Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.
Meg e Cody eram muito amigas, as melhores. Era isso que Cody achava, mas quando Meg se suicida em um quarto de hotel com um veneno articulado, ela não sabe o que pensar. Ela nunca soube que isso se quer passava pela cabeça de sua amiga, que sempre foi feliz, carismática e rodeada de pessoas que a amavam.
Quando os pais de Meg pedem ajuda a Cody para tirar as coisas dela de seu quarto de uma “república” em que ela ficava, é que ela percebe que as pessoas que conviviam com ela ali não conheciam Meg e que ela também não a conhecia.
As pessoas, as coisas, os animais. Ela não sabia de nada. E então ela se questiona, por que não conhecia sua melhor amiga? E após encontrar um arquivo no computador da amiga resolve investigar sua morte.
E de repente ela se vê indo mais além do que imaginava, e descobrindo coisas que ela jamais imaginaria.
Narrado em primeira pessoa, o livro apresenta a visão de Cody sobre a história. Sua busca, drama e decepção sobre o caso da sua melhor amiga, mas não de maneira profunda. Na maior parte da história é tudo narrado de maneira bem simples, quase superficial.
O que a autora nos mostra aqui é como as pessoas lidam com a morte quando ela vem de uma maneira tão inesperada e triste. As diferentes visões que se tem de uma mesma pessoa.
Os personagens em geral são muito bem aproveitados, cada um deles apresenta sua visão de Meg.
Cody é uma boa personagem principal, mesmo não sabendo lidar com os problemas algumas vezes e deixando isso completamente irritante, ela consegue chamar a atenção e é com ela que seguimos a leitura. Eu demorei a me apegar a ela, mas quando isso aconteceu não tinha jeito mais. Eu sofri e compreendi seus atos. Querendo ou não, temos que compreender seus surtos. Sua melhor amiga se matou, ela não conhecia sua melhor amiga.
“– Você nunca conhece as pessoas de verdade, não é? – comenta ele.Não. Não conhece."
O romance do livro não é inovador, mas também não é o foco principal do livro. Você consegue ligar os pontos com facilidade, mas até que eu gostei do casal. Foi um bônus, porque a história em si não precisa de romance.
O final do livro é muito bom. É o ápice, o que faz você olhar pro tempo e pensar “nossa, valeu a pena”. A autora explica tudo que até então havia ficado com lacunas.
E mais uma vez a reflexão sobre a internet surge. Até quando as pessoas vão propagar o ódio aqui? Será que nunca poderemos viver em paz?
"Você tinha um monte de pedras nas mãos, então resolveu limpá-las, deixá-las bonitas e fez um colar. Meg ganhou um colar de joias e se enforcou com ele."
O objetivo da autora desde o inicio foi alertar seus leitores sobre a depressão e suicídio e como a internet muitas vezes contribui para esses acontecimentos. Ao finalizar a leitura eu possuía inúmeras reflexões e uma certeza. Mesmo de maneira vaga, Gayle sabe finalizar uma história.
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